Paraná como 4ª maior economia brasileira e preocupações no cenário nacional são destaques do Economia em Dia 29/11/2024 - 10:44
A conquista do título de 4ª maior economia do Brasil pelo Paraná é o tema do mais recente Economia em Dia, boletim econômico publicado pela Assessoria Técnica de Economia da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). O documento publicado nesta quarta-feira (27) destaca não apenas o avanço no ranking do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como traz outros indicadores que mostram o fortalecimento paranaense em comparação às demais unidades da federação.
De acordo com o balanço do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná alcançou R$ 614,61 bilhões em 2022, o que representa uma participação de 6,1% do PIB nacional — atrás apenas de São Paulo (31,06%), Rio de Janeiro (11,44%) e Minas Gerais (9%). Com isso, o Estado também se firmou como a maior economia de toda a Região Sul, à frente do Rio Grande do Sul (R$ 593,63 bi) e Santa Catarina (R$ 466,27 bi).
E embora os números do instituto tenham uma defasagem de dois anos, outros indicadores mostram que o bom momento do paranaense se manteve. É o caso das análises trimestrais da atividade econômica divulgadas pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
“Segundo os dados macroeconômicos do Instituto, a economia paranaense registrou um crescimento de 5,8% em 2023, valor estimado como o dobro da média nacional”, aponta no boletim a assessora técnica Luana Carla Falcão Rebouças, responsável pelo documento. “Em 2024, os dados do primeiro semestre apontam para um crescimento de 1,72% no PIB estadual. Esses resultados sugerem que o Paraná, em 2023 e 2024, manteve uma trajetória de crescimento em diversas áreas econômicas”.
OLHO NO QUADRO NACIONAL – Enquanto os números paranaenses se mostram bastante positivos, o quadro nacional demanda um pouco mais de atenção, conforme a assessora da Sefa destaca. Ela explica que, embora os relatórios mais recentes do Banco Central e do Ministério da Fazenda projetem crescimento do PIB nacional, ainda há alguns desafios no radar.
“O Ministério da Fazenda revisou de 3,2% para 3,3% a sua estimativa para o crescimento do PIB em 2024. Apesar disso, desafios persistem, como a elevação da taxa básica de juros para controlar a inflação e o aumento da projeção para a Dívida Bruta do Governo Geral, que reforçam a necessidade de equilíbrio entre políticas fiscais e monetárias para garantir a sustentabilidade econômica no médio e longo prazo”, escreve Luana.
Um dos reflexos dessa apreensão é a própria taxa de juros, que foi elevada em em 0,50 ponto percentual, para 11,25% ao ano, após decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom). Este é o segundo aumento consecutivo após uma sequência de cortes, o que representa um alerta nos esforços para conter a inflação dentro da meta.
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