Missão técnica do BID avalia
projetos de infraestrutura no PR
23/04/2015 - 14:30

A criação de centros logísticos, o zoneamento de aeroportos, implantações de planos logísticos e de infraestrutura são algumas das pautas que técnicos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vão analisar nesta semana na primeira visita oficial do banco ao Paraná. 

A proposta de financiamento na área de infraestrutura prevê também a ampliação da capacidade de rodovias e a pavimentação de estradas de chão batidos. Para executar a obra, o Governo do Paraná pretende contrair empréstimo de US$ 300 milhões. 

A equipe do BID, coordenada por Paulo Carvalho, conheceu os projetos durante reunião com a equipe técnica da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (SEIL), Secretaria da Fazenda e do Planejamento. “O Paraná está buscando recursos internacionais para continuar o trabalho de melhoria da infraestrutura paranaense, interligando modais e reforçando a malha rodoviária”, disse o secretário de Infraestrutura, José Richa Filho. 

Segundo ele, algumas das propostas de financiamento já têm projetos prontos ou em andamento e, com a aprovação do empréstimo, será possível abrir licitação para atender demandas antigas da sociedade paranaense. 

Entre as melhorias previstas, estão as pavimentações de Doutor Ulysses a Cerro Azul, de Pitanga a Mato Rico, de Coronel Domingos Soares e de Irati e São Mateus do Sul. Também estão previstas obras de contornos, a ampliação de capacidade de rodovias de alto tráfego e um novo acesso ao Porto de Antonina. 

Na área de aeroportos, o Estado quer recursos para contratar o plano básico de zonas de proteção, que é uma espécie de zoneamento ao redor de 10 aeroportos. Com este plano, as prefeituras e o Estado vão definir o que pode ser construído no entorno dos aeroportos de Andirá, Arapongas, Cornélio Procópio, Ibaiti, Guaratuba, Goioerê, Loanda, Marechal Cândido Rondon, Manoel Ribas e Siqueira Campos. Com este estudo, poderá se reservar áreas para ampliações futuras dos aeroportos e evitar a construção de prédios perto dos pontos de aproximação de aeronaves. 

No pacote, há também a elaboração dos planos rodoviários e o plano de infraestrutura e logística, definindo diretrizes para os investimentos futuros nestes modais. Também para integrar os modais, o Estado quer recursos para a implantação de seis centros logísticos, unificando modais rodoviários e ferroviários, com estrutura de galpões para facilitar o escoamento da produção paranaense. 

JÁ CONCLUÍDOS - O investimento terá majoritariamente recursos do BID, sendo que a contrapartida do Estado virá de investimentos antecipados pelo Governo, como estudos de viabilidade e projetos executivos já concluídos pela Secretaria de Infraestrutura, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER). 

Com os recursos, 196 quilômetros de estradas de chão batido irão ganhar asfalto e serão adequadas aos padrões das demais rodovias estaduais. Além disto, serão consolidados novos corredores rodoviários, com mais de 286 quilômetros, que vão ganhar terceiras faixas, acostamentos e viadutos, ampliando a capacidade e facilitando o tráfego nas rodovias. 

Com isto vai melhorar a circulação de veículos, permitindo melhor escoamento de produtos paranaenses em direção ao Estado de São Paulo (PR-317 e PR-182) ou acabando com gargalos nas regiões de Ponta Grossa (PR-151) e de Guarapuava (PR-466). 

Dentre os projetos apresentados ao BID, também estão as construções de contornos rodoviários nas regiões de Wenceslau Braz e Castro, retirando o tráfego pesado de dentro destas cidades. Outras cidades que terão desvio de veículos pesados, como caminhões, são as cidades históricas de Antonina e Morretes. Uma nova ligação está em estudo, permitindo o acesso direto ao Porto de Antonina e retirando os caminhões dos centros urbanos. 

De acordo com o secretário José Richa Filho, a próxima etapa do Paraná é adequar alguns pontos da carteira de investimentos, ajustando detalhes pedidos pelo BID. A expectativa do Estado é concluir todo o processo de empréstimo ainda neste ano e conseguir assinar o contrato também este ano, para licitar no fim de 2015 e início de 2016. 

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