A nova edição do boletim Economia em Dia, elaborado pela Assessoria Técnica de Economia da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), traz uma análise da recuperação econômica do Paraná após enfrentar adversidades climáticas em 2024. O estado começa a dar sinais de retomada, com o setor industrial, o comércio e o mercado de trabalho impulsionando o crescimento.

"Apesar de um começo de ano difícil, os números revelam um quadro de retomada. A economia do Paraná conseguiu se ajustar rapidamente e impulsionar setores estratégicos, especialmente o mercado de trabalho, que foi um dos principais motores desse avanço", escreve o assessor técnico Eduardo Paim Filho.

Desde abril, o Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central (IBCR-PR) registrou uma recuperação gradual, com destaque para os setores de Indústria, Comércio Ampliado e Serviços. O setor industrial teve um desempenho expressivo, estimulado pela produção de máquinas e pelo aquecimento no setor automotivo.

O comércio paranaense também mantém uma trajetória de crescimento, com um aumento nas vendas de veículos novos e usados, consolidando ainda mais o setor. O setor de serviços acompanha esse dinamismo, puxado pelos segmentos de Informação e Comunicação, além dos Serviços Profissionais e Administrativos, que contribuíram para a criação de mais de 70 mil vagas formais até agosto.

Ainda que os setores urbanos apresentem recuperação, a agricultura enfrenta um cenário desafiador. Em 2024, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas sofreu uma queda de 17%, impactada pela estiagem e queimadas. "A agricultura foi duramente atingida, impactando inclusive as exportações, mas há uma expectativa de recuperação gradual da economia até o final do ano", explica. A retração das exportações, especialmente do milho, e o aumento das importações de soja e medicamentos alteraram o saldo comercial do estado, que caiu cerca de 33% em relação ao mesmo período de 2023, embora ainda seja positivo.

Apesar das adversidades, como aponta o Economia em Dia, o Paraná tem uma trajetória sólida de crescimento, alavancado pelo dinamismo da indústria e do comércio. "A economia paranaense se mostrou robusta diante das dificuldades, e a perspectiva para o fim de 2024 é que a atividade econômica continue em alta, com o impacto da estiagem sendo diluído e o mercado local mantendo seu ritmo aquecido", completa Paim Filho.

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