BSBIOS vai investir R$ 82 milhões em fábrica em Marialva 18/01/2016 - 17:30
O governador Beto Richa assinou nesta segunda-feira (18) protocolo de intenções com a fabricante de biodiesel BSBIOS para a ampliação da sua fábrica em Marialva, no Norte do Estado. O projeto de investimento, de R$ 82 milhões, está enquadrado no programa de incentivos Paraná Competitivo. O projeto fortalece os investimentos industriais no interior e, além disso, utilizará matéria-prima fornecida por agricultores.
O governador ressaltou que o investimento se dá em um momento bastante delicado para o País. “Em meio a uma crise econômica aguda, em que os investidores e empreendedores estão retraídos, preocupados com os rumos da nossa economia, o Paraná continua a atrair investimentos de maneira sistemática”, afirmou Richa. “Contribuem para esse resultado o bom diálogo com o setor produtivo, baseado em respeito, segurança jurídica e bons programas, como o Paraná Competitivo, que concede benefícios fiscais para investimentos”, acrescentou.
EXPANSÃO - O projeto da BSBIOs é duplicar a capacidade de produção de biodiesel e de glicerina em Marialva. A previsão é que até o final de 2016 a ampliação esteja concluída, com capacidade de 416 mil metros cúbicos por ano, contra os 208 mil mil metros cúbicos atuais.
A expectativa é elevar o faturamento da unidade de Marialva, de R$ 590 milhões, em 2015, para R$ 700 milhões nesse ano e com potencial para alcançar R$ 1 bilhão em 2017. A fábrica, que tem 100 funcionários, vai ampliar o número de empregados em 20% com o projeto de expansão.
O diretor presidente da empresa, Erasmo Carlos Battistella, ressaltou que o apoio do governo estadual foi fundamental para a decisão de investir em Marialva. “A fábrica começou a funcionar em 2010 e já duplicamos sua capacidade. Agora faremos novos investimentos para novamente dobrarmos a sua produção”, afirmou. A oferta de matéria-prima na região, principalmente grão e óleo de soja, e o fácil acesso ao mercado de consumo de São Paulo também contribuíram para os investimentos em expansão.
PRODUTORES FAMILIARES - A matéria-prima utilizada na produção do biodiesel – óleo de soja e gordura animal - é comprada de produtores familiares do Paraná. De acordo com Battistella, atualmente a empresa adquire os insumos de 4,5 mil produtores familiares no Paraná, número que, com a ampliação, poderá chegar a 6 mil.
Para o prefeito de Marialva, Edgar Silvestre, o projeto vai gerar ainda mais benefícios para o município. “A BSBIOS é nossa maior empresa, que foi responsável por elevar a participação da indústria no PIB do município. Esse investimento mostra que o governo do Paraná abriu as portas para as cidades do interior”, afirmou.
INTERIOR - Richa destacou que o Paraná tornou, nos últimos anos, mais homogênea a distribuição de investimentos. “Cerca de 70% dos novos investimentos foram para o Interior do Estado. O exemplo maior é o da Klabin, em Ortigueira, nos Campos Gerais. É o maior investimento privado do Estado, que foi para uma região de baixo IDH e que vai gerar ainda receita para 12 municípios, com a partilha do ICMS”, lembrou.
Richa também destacou o fato de o Paraná ter subido posições e se tornado o segundo Estado mais competitivo do País, atrás apenas de São Paulo, de acordo com pesquisa do grupo The Economist e ter se tornado a quarta economia mais forte do País, superando o Rio Grande do Sul. “Além disso, o Paraná investe em infraestrutura, o que garante custos de produção menores para as empresas do Estado. Somente nesse ano o Paraná vai investir cerca de R$ 8 bilhões, volume maior do que o que foi aplicado nos quatro anos do nosso primeiro mandato.”
Para o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, o Paraná vem conseguindo se diferenciar dos demais Estados. “Enquanto se observa a queda da atividade econômica, o Paraná olha para frente, com ajuste fiscal e parceria para atração de investimentos. E um ganha-ganha, que gera investimento, renda e beneficia populações mais carentes”, disse.
MERCADO - O projeto da BSBIOS vem no embalo do crescimento do mercado de biodiesel. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biodiesel - atrás apenas dos Estados Unidos - com uma produção 4 bilhões de litros em 2015, segundo dados da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio).
Hoje o combustível renovável, considerado menos poluente do que o fóssil, é adicionado ao óleo diesel, atualmente na proporção de 7%, ou puro em projetos autorizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em Curitiba, os ônibus que circulam na Linha Verde, por exemplo, funcionam com biodiesel puro.
A glicerina, por sua vez, pode ser utilizada como aditivo em formulações de ração animal, dentre outras aplicações. “Agora teremos uma nova fase, com a possibilidade de adicionar até 20% de biodiesel para frotistas e 30% para agricultores, ferrovias e indústrias”, disse Battistella, que também é presidente da Aprobio. A expectativa da entidade é que o mercado cresça 10% em 2016.
HISTÓRICO - O grupo BSBIOS está entre as três maiores fabricantes de biodiesel do País, faturou R$ 2 bilhões em 2015 e emprega diretamente 500 pessoas. Fundada em 2005, a BSBIOS tem sede em Passo Fundo (RS), onde possui outras duas unidades – de biodiesel e de processamento de grãos. A empresa, fruto de uma joint venture entre a BSPAR (50%) e a Petrobras Biocombustível (50%), tem capacidade para produzir aproximadamente 424,8 milhões de litros de biodiesel/ano.
Na área de processamento de grãos, a BSBIOS consome 900 mil toneladas de soja/ano, produzindo óleo degomado e farelo de soja. Nas 16 unidades de originação de grãos, localizados no norte do Rio Grande do Sul, além da soja também são recebidos outros cereais como trigo, milho e canola.
O governador ressaltou que o investimento se dá em um momento bastante delicado para o País. “Em meio a uma crise econômica aguda, em que os investidores e empreendedores estão retraídos, preocupados com os rumos da nossa economia, o Paraná continua a atrair investimentos de maneira sistemática”, afirmou Richa. “Contribuem para esse resultado o bom diálogo com o setor produtivo, baseado em respeito, segurança jurídica e bons programas, como o Paraná Competitivo, que concede benefícios fiscais para investimentos”, acrescentou.
EXPANSÃO - O projeto da BSBIOs é duplicar a capacidade de produção de biodiesel e de glicerina em Marialva. A previsão é que até o final de 2016 a ampliação esteja concluída, com capacidade de 416 mil metros cúbicos por ano, contra os 208 mil mil metros cúbicos atuais.
A expectativa é elevar o faturamento da unidade de Marialva, de R$ 590 milhões, em 2015, para R$ 700 milhões nesse ano e com potencial para alcançar R$ 1 bilhão em 2017. A fábrica, que tem 100 funcionários, vai ampliar o número de empregados em 20% com o projeto de expansão.
O diretor presidente da empresa, Erasmo Carlos Battistella, ressaltou que o apoio do governo estadual foi fundamental para a decisão de investir em Marialva. “A fábrica começou a funcionar em 2010 e já duplicamos sua capacidade. Agora faremos novos investimentos para novamente dobrarmos a sua produção”, afirmou. A oferta de matéria-prima na região, principalmente grão e óleo de soja, e o fácil acesso ao mercado de consumo de São Paulo também contribuíram para os investimentos em expansão.
PRODUTORES FAMILIARES - A matéria-prima utilizada na produção do biodiesel – óleo de soja e gordura animal - é comprada de produtores familiares do Paraná. De acordo com Battistella, atualmente a empresa adquire os insumos de 4,5 mil produtores familiares no Paraná, número que, com a ampliação, poderá chegar a 6 mil.
Para o prefeito de Marialva, Edgar Silvestre, o projeto vai gerar ainda mais benefícios para o município. “A BSBIOS é nossa maior empresa, que foi responsável por elevar a participação da indústria no PIB do município. Esse investimento mostra que o governo do Paraná abriu as portas para as cidades do interior”, afirmou.
INTERIOR - Richa destacou que o Paraná tornou, nos últimos anos, mais homogênea a distribuição de investimentos. “Cerca de 70% dos novos investimentos foram para o Interior do Estado. O exemplo maior é o da Klabin, em Ortigueira, nos Campos Gerais. É o maior investimento privado do Estado, que foi para uma região de baixo IDH e que vai gerar ainda receita para 12 municípios, com a partilha do ICMS”, lembrou.
Richa também destacou o fato de o Paraná ter subido posições e se tornado o segundo Estado mais competitivo do País, atrás apenas de São Paulo, de acordo com pesquisa do grupo The Economist e ter se tornado a quarta economia mais forte do País, superando o Rio Grande do Sul. “Além disso, o Paraná investe em infraestrutura, o que garante custos de produção menores para as empresas do Estado. Somente nesse ano o Paraná vai investir cerca de R$ 8 bilhões, volume maior do que o que foi aplicado nos quatro anos do nosso primeiro mandato.”
Para o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, o Paraná vem conseguindo se diferenciar dos demais Estados. “Enquanto se observa a queda da atividade econômica, o Paraná olha para frente, com ajuste fiscal e parceria para atração de investimentos. E um ganha-ganha, que gera investimento, renda e beneficia populações mais carentes”, disse.
MERCADO - O projeto da BSBIOS vem no embalo do crescimento do mercado de biodiesel. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biodiesel - atrás apenas dos Estados Unidos - com uma produção 4 bilhões de litros em 2015, segundo dados da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio).
Hoje o combustível renovável, considerado menos poluente do que o fóssil, é adicionado ao óleo diesel, atualmente na proporção de 7%, ou puro em projetos autorizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em Curitiba, os ônibus que circulam na Linha Verde, por exemplo, funcionam com biodiesel puro.
A glicerina, por sua vez, pode ser utilizada como aditivo em formulações de ração animal, dentre outras aplicações. “Agora teremos uma nova fase, com a possibilidade de adicionar até 20% de biodiesel para frotistas e 30% para agricultores, ferrovias e indústrias”, disse Battistella, que também é presidente da Aprobio. A expectativa da entidade é que o mercado cresça 10% em 2016.
HISTÓRICO - O grupo BSBIOS está entre as três maiores fabricantes de biodiesel do País, faturou R$ 2 bilhões em 2015 e emprega diretamente 500 pessoas. Fundada em 2005, a BSBIOS tem sede em Passo Fundo (RS), onde possui outras duas unidades – de biodiesel e de processamento de grãos. A empresa, fruto de uma joint venture entre a BSPAR (50%) e a Petrobras Biocombustível (50%), tem capacidade para produzir aproximadamente 424,8 milhões de litros de biodiesel/ano.
Na área de processamento de grãos, a BSBIOS consome 900 mil toneladas de soja/ano, produzindo óleo degomado e farelo de soja. Nas 16 unidades de originação de grãos, localizados no norte do Rio Grande do Sul, além da soja também são recebidos outros cereais como trigo, milho e canola.