Nova edição do Boletim Econômico da Sefa destaca aumento de juros e medidas para conter inflação 27/09/2024 - 10:41
A mais recente edição do Economia em Dia, boletim quinzenal produzido pela Assessoria Técnica de Economia da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), destaca a preocupação em torno da pressão inflacionária sobre a economia brasileira e paranaense. O relatório divulgado nesta sexta-feira (27) analisa o cenário atual e projeta como as medidas para conter a inflação podem impactar o Estado no futuro próximo.
O assunto não poderia ser outro, principalmente após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir de forma unânime, no dia 19 de setembro, pelo aumento da taxa básica de juros, a Selic, de 10,50% para 10,75% ao ano — o primeiro aumento em dois anos. E o que o texto assinado pelo economista Mateus Ramalho destaca é por que o Banco Central optou por essa alta em meio a um cenário de queda do desemprego e aumento no consumo das famílias.
“O aumento das taxas de juros é uma resposta proativa para moderar o ritmo da demanda, controlar a inflação e assegurar a estabilidade econômica a longo prazo”, escreve Ramalho. “Com isso, busca-se garantir um ambiente econômico favorável tanto para o consumo quanto para o investimento, promovendo um crescimento sustentável e equilibrado”.
A proposta do Economia em Dia é justamente trazer dados e análises que apresentam à população os rumos, oportunidades e também os desafios que o Paraná tem pela frente. E a edição mais recente do boletim é um belo exemplo disso, trazendo respostas para números que, à primeira vista, podem até parecer contraditórios.
DE OLHO NO PARANÁ – Isso é algo que se reflete no Paraná, como o próprio Economia em Dia apresenta. Essa gangorra de altos e baixos foi sentida pelos paranaenses com uma taxa de inflação anual de 7,4% até agosto de 2024 no preço dos alimentos, segundo dados do IPARDES. Ao mesmo tempo, a taxa mensal, que compara a variação de um mês para o outro, apresentou uma deflação de -0,60%.
E tudo isso em meio a um momento em que o Estado atinge sua menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos. O índice de desocupação atingiu 4,4% em junho de 2024, bem abaixo da média nacional de 6,9%. Além disso, a massa real de rendimentos alcançou o volume mais alto da série histórica, com um total de R$ 20,5 bilhões, impulsionando o consumo interno.
COMO ACESSAR – O Economia em Dia pode ser acessado diretamente pelo site da Secretaria da Fazenda a partir do menu Macroações, na opção Assessoria Econômica.